Como funciona o meu trabalho

A minha formação como médica psiquiatra me proporcionou o treinamento e a qualificação necessária para avaliar a saúde mental dos meus pacientes com um olhar apurado e sensível.

Priorizo consultas mais longas, que duram cerca de uma hora, para permitir uma avaliação minuciosa e detalhada do problema trazido pelo paciente, levando em consideração não apenas os sintomas, mas também a história médica e psicológica por ele apresentados. Com isso posso chegar em hipóteses diagnósticas mais cuidadosas e precisas.

Também é importante levar em consideração que o diagnóstico em psiquiatria é longitudinal. Isso significa que a avaliação e a compreensão do adoecimento mental e emocional se baseia em uma análise ao longo do tempo. Em vez de se concentrar apenas em uma única observação ou ponto no tempo, consideramos a história e a evolução do paciente por um período prolongado.

Isso envolve o acompanhamento do paciente ao longo de semanas, meses ou até mesmo anos, o que nos permite observar como os sintomas se manifestam, evoluem, flutuam e respondem ao tratamento neste determinado período. Isso é fundamental para a compreensão acurada dos adoecimentos mentais e a tomada de decisões terapêuticas eficazes.

Além de coletar uma anamnese detalhada, a cada consulta formulamos um planejamento terapêutico individual cuidadoso conforme a evolução do quadro e as necessidades mais relevantes trazidas pelo cliente.

Outra parte importante é dedicar um tempo para esclarecer dúvidas e para realizar psicoeducação (intervenção terapêutica por meio de informações sistemáticas, estruturadas e didáticas) para garantir uma boa adesão e consequentemente bons resultados terapêuticos.

Todas essas etapas são significativas para o desenvolvimento de um bom vínculo profissional-paciente. Ele promove a confiança, a colaboração, a comunicação eficaz e o bem-estar do cliente, contribuindo para um tratamento mais eficaz e satisfatório. Ter um relacionamento positivo e de confiança com um profissional de saúde é frequentemente um fator determinante no sucesso terapêutico.

Após finalizarmos a coleta de informações mais relevantes para uma formulação inicial de um raciocínio médico-psiquiátrico em que chegamos a uma ou mais hipóteses diagnósticas e a elaboração de uma conduta terapêutica personalizada, podemos iniciar, de acordo com o interesse do paciente, a segunda parte do tratamento, que pretende o início do processo da psicoterapia.

Visando uma abordagem mais completa e aprofundada, optei por me dedicar aos estudos de psicoterapia para também poder oferecer essa modalidade de tratamento para o meu cliente.

A psiquiatria e a psicoterapia são complementares e unem os conhecimentos da medicina e da psiquiatria aos conhecimentos teóricos e técnicos da psicologia. A minha atenção especial foi dedicada aos estudos teóricos da psicologia de orientação analítica Junguiana, apesar de também ter sido influenciada por outras linhas de abordagem, como por exemplo a psicanálise.

Desde o início da minha formação em psiquiatria percebi a necessidade e a importância de integrar o raciocínio médico-psiquiátrico – que prioriza conhecimentos atualizados e baseados em pesquisas e evidências científicas- a um conhecimento mais subjetivo e profundo do ser humano, e foi na psicologia analítica que pude encontrar verdadeiros tesouros e chaves para poder proporcionar ao meu cliente uma ajuda complementar mais qualificada, complexa e significativa.

Juntando as duas linhas complementares de conhecimento posso ter uma visão mais integral e holística do indivíduo único que o paciente representa, evitando assim o uso excessivo de medicação, visando uma abordagem mais humana e que melhor se adeque a cada caso.

A psicoterapia é realizada uma ou mais vezes por semana, de acordo com a necessidade e preferência do cliente, e as sessões tem duração de aproximadamente uma hora. Neste processo dou importância para uma escuta qualificada, sensível, empática e acolhedora, compreensiva e sem julgamentos, visando uma postura ética, sigilosa e de confiança mútua.

 No decorrer do processo de análise vamos revisitando o raciocínio médico-psiquiátrico para reavaliar a decisão mais acertada quanto a conduta medicamentosa e reformulando as hipóteses diagnósticas conforme os desdobramentos do contexto terapêutico.

Para oferecer um tratamento de excelência o médico psiquiatra necessita dedicar considerável parte do seu tempo a uma rotina de estudos visando uma constante atualização do seu conhecimento nos conteúdos mais recentes que vão despontando no contexto acadêmico e de pesquisas em saúde mental ao redor do mundo.

A formação de um analista também exige dedicação e estudo contínuo para um atendimento qualificado. Ela se sustenta em três pilares essenciais: a análise pessoal, a supervisão clínica e o estudo teórico e técnico.

Esses três pilares são complementares e interdependentes, formando a base sobre a qual se constrói a competência e a profundidade necessárias para a prática eficaz da análise. Juntos, eles asseguram que o terapeuta analista esteja bem preparado para compreender e intervir nos complexos processos psíquicos dos seus pacientes, com uma base sólida tanto em autoconhecimento quanto em conhecimento teórico e técnico.

A formação de um bom analista é bastante complexa e visa também o desenvolvimento da capacidade do profissional de processar experiências emocionais de forma profunda e reflexiva. Isso implica uma disposição para tolerar a incerteza, a ambiguidade e os aspectos muitas vezes perturbadores das experiências emocionais, tanto as próprias quanto as dos pacientes.

Caso apresente alguma dúvida sobre o processo terapêutico acima proposto pode entrar em contato diretamente comigo por meio do Whatsapp abaixo. Ficarei feliz em poder ajudar.

Obrigada 😉


Terapeuta e Psiquiatra Dra. Luana Miara Schuarts DSC_1794

Dra Luana Miara Schuarts

Psiquiatra & Psicoterapeuta

CRM 38301 | RQE 28408

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